Gostaria de começar falando que tudo está bem, mas sabemos que não está. As incontáveis ofensas, às diminuições, as falhas exaltadas durante quase o tempo todo, quase uma vida.
Às vezes que fiz a nossa mãe sofrer por sempre dizer coisas terríveis ao seu respeito, por dizer que te odiava tão aberta e facilmente. Por pedir que não existisse, cruel até pra mim.
Queria que soubesse que agora eu entendo algo que não me era possível antes: eu te amo. De verdade, como nunca consegui enxergar a pessoa maravilhosa que você se tornou? Apesar de todo o desgaste, das brigas, das surras de moral, você realmente me surpreendeu como ninguém jamais fará, e seguramente posso dizer que tenho muito orgulho do cara que você é agora.
Sinto muito por ter transformado nosso convívio em um inferno durante tanto tempo, mas ainda assim me atrevo: poderia você, jovem garoto com quem divido meu sangue, meus olhos e meu cabelo, me perdoar pela grande imbecil que eu fui contigo?
As minhas mais sinceras desculpas, carinhosamente (pela primeira vez em 15 anos),
da sua irmã.
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